quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mediação Familiar: resolvendo conflitos com menos conflitos




Heloisa Cavalieri
O termo Mediação pode significar uma novidade para algumas pessoas. Mas, ainda que se revista de certa inovação, não é algo totalmente inédito.
A Mediação atualmente é uma das principais alternativas de solução de conflitos fora dos Tribunais e cresce inesperadamente. O Jornal “Valor Econômico” publicou em Maio de 2006 um dado relevante: “mais de 57 milhões de ações tramitam, por esta ocasião tramitavam, nas várias esferas do Poder Judiciário, o que representa um processo para cada três habitantes. Com este dado podemos auferir a procura da Mediação, como forma que é, sem dúvida, pacífica, menos custosa e mais rápida.


A Mediação como solução de controvérsias pode ser aplicada em muitos âmbitos. No âmbito familiar, supõe para a “Saberonline” - empresa que promove um Curso de Mediação Familiar à Distância, para todo o Brasil - a esperança de que as partes em conflito possam resolver suas dificuldades de forma pacífica, não só se atendo aos problemas imediatos, mas também aos relacionamentos futuros do casal e de seus filhos.


Formar Mediadores é uma tarefa apaixonante e multiplicadora, diz Heloisa Cavalieri, Coordenadora da Saberonline.Qualquer profissional, com uma experiência básica, já recorreu alguma vez a esta técnica como modo de solucionar algum conflito de Direito de Família tenha ou não chamado a esta estratégia de Mediação Familiar. No entanto, desde o ponto de vista formal, o recurso a este procedimento através de profissionais especializados, é algo recente.


O objetivo principal da Mediação Familiar é oferecer um caminho para que os cônjuges elaborem por si mesmos as bases de um acordo duradouro e mutuamente aceito tendo em conta as necessidades de cada um dos membros da família e de uma forma muito especial, os filhos.
O Mediador não tem poder de decisão. Vale-se de sua persuasão. Capta pontos de fragilidade no casal, seus desajustes, restaura o diálogo e favorece a unidade. Para isso, deve ser sempre imparcial. Não deve aliar-se a nenhum cônjuge, principalmente se isto for para ir contra a outra parte. O mediador não está a favor de ninguém. Ou melhor, está contra os dois, contra todas aquelas atitudes que possam ser injustas ou lesar o outro. Assim sendo, é uma grande meta do mediador transformar atitudes conflitivas e, de enfrentamento dos cônjuges, em atitudes de cooperação e colaboração.


Os primeiros passos no processo de atualização e modernização da Mediação foram dados pelos Estados Unidos onde atualmente se estende não só ao âmbito dos conflitos matrimoniais e familiares, mas também aos conflitos laborais, de consumo, comunitários, de seguros, etc. Na Europa, ainda que o processo de institucionalização tenha começado mais tarde, no entanto, tem tido o alento dos poderes públicos e já se encontra presente na Inglaterra, Escócia, Alemanha, Bélgica, Finlândia, Noruega, Espanha, França, entre outros.


Mas, mais especificamente, na Família, como mecanismo de resolução de conflitos qual o âmbito de atuação daMediação Familiar? Promover acordos, reduzir conflitos de interesses entre os membros de uma família, proteger o interesse dos menores, diminuir os efeitos negativos, custos econômicos e emocionais que a separação ou divórcio representam para a família e para o Estado, etc.


No final de um litígio quase sempre o que resta de um processo na Justiça é um “ganha-perde” ou um “perde-ganha”. Na Mediação há um grande desejo de se chegar ao “ganha-ganha”
Estima-se que o conflito chegue a seu termo não com um “vencedor” e um “vencido” pois a Saberonline acredita que a capacidade criativa do ser humano faz com que ele possa sobreviver aos seus fracassos e restaurar a convivência perdida.

Profª Dra. Maria Heloisa Soares Cavalieri – Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Navarra.

Do site PORTAL DA FAMÍLIA: http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo538.shtml

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Pai na luta contra a alienação parental


Marcelo Tufani, representante da ONG Pais por Justiça na cidade de Bragança Paulista, interior de São Paulo, vem demonstrando grande empenho na luta pela paternidade e contra a alienação parental. Em mais uma atitude louvável, tornou novamente pública sua persistência e garra para conscientizar e combater este grande mal lançando um out-door numa das mais movimentadas avenidas da cidade. Força, Marcelo! Com certeza você terá um grande retorno, pois já demonstra que é, não só um vencedor, mas um grande pai.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Caso Dora: quando o ódio entre o pai e a mãe sobrepuja o amor pela filha.

Nilson Falcão


Jonas Golfeto, o pai e Dora, a filha. (Foto: You Tube)

O programa PROFISSÃO REPÓRTER do dia 30 de maio teve como tema o embate de pais e mães pela guarda dos filhos. Nele foram apresentados três casos, dos quais dois chamaram a atenção. Num deles uma juíza de vara de família compartilha a guarda dos filhos com o ex- marido, o que é aprovado por todos, inclusive pelas crianças, que dizem que gostam muito de ter duas casas! O outro caso chama atenção por suas peculiaridades. Um pai, o ator Jonas Golfeto, detentor da guarda da filha, não via a menina, de nome Dora, há mais de quatro anos porque a mãe desta, a jornalista Adriana Mendes, fugira com a criança da qual não detinha a guarda após pegá-la para a visitação, praticando crime de subtração de incapaz. O programa mostrou o pai indo pegar a filha diretamente na escola com oficial de Justiça e advogado. Este caso foi uma espécie de “desfecho” de uma reportagem apresentada em junho do ano passado, no qual o pai lamentava não ver a filha e expunha seu intenso sofrimento por esta condição. Naquela reportagem, foram tentados contatos com a mãe da criança, mas ela, praticamente foragida da Justiça, não quis se manifestar de forma alguma.


Jonas, pelo que se viu na reportagem, após ter a filha novamente sob sua posse, mudou de endereço e não permite que Adriana tenha contatos com a filha. Adriana, numa mudança de postura, agora se dispõe a falar com a imprensa, dando justificavas absurdas para sua atitude transloucada de sumir com a filha impedindo contatos da menina com a família paterna por mais de quatro anos. Ela agora se coloca no papel de vítima, dizendo-se imersa em profundo sofrimento por estar sem ver a filha.

O caso é emblemático do ex-casal que mergulhou tão profundamente no ódio um pelo outro que acabou por deixar esse sentimento negativo sublimar o amor pela própria filha, passando a disputar esta como um troféu. Percebe-se, pela simples exposição dos fatos, que nenhum dos dois, nem o pai nem a mãe, amam esta criança verdadeiramente, pois o egoísmo e o rancor de ambos são sempre maiores. A mãe demonstrou seu extremado sentimento de posse raptando a filha, usando o canhestro argumento de que estava “protegendo” Dora dos embates judiciais, tirando da filha o direito constitucional de plena convivência familiar com seu genitor sem se preocupar com o sofrimento que tal afastamento poderia impor ao pai da menina e aos prejuízos implicados à criança. Criou um blog no qual relata toda sua angústia por estar afastada da filha, mesma dor que ela não teve remorso algum de acometer ao pai da criança por quatro anos e cinco meses. Coloca-se ainda como a heroína que ainda irá salvar a filha das garras do pai-monstro. Já o pai, agora dá o troco, demonstrando o mesmo descaso com os anseios da filha, que obviamente é o de ter contatos com sua mãe. Usa o conhecido expediente alienador de mudança de endereço e pouco se expõe já que agora o jogo torpe virou a seu favor. Tenta tirar de Dora a referência materna numa visível atitude vingativa contra a genitora. E assim, em meio a toda essa insanidade, onde os papéis de algoz apenas se alternam, o ódio, o egoísmo e o orgulho são os sentimentos menores que permeiam e conduzem a vida desta pobre menina, a verdadeira e única vítima, numa infância que agoniza por ter seu direito de convivência familiar desrespeitada por seu pai e sua mãe.


O sentimento de posse destoa da prática do amor; o sentimento de posse apequena o que existe de mais sagrado no exercício da paternidade ou da maternidade: dar a criança o direito, o deleite e o encanto de amar pai e mãe com a mesma intensidade, o que é fundamental para sua hígida formação. O pai ou a mãe que se afunda no lodo da intolerância é uma pessoa carente, tem falta de amor próprio e por isso é inseguro em dividir o amor do filho. Se não houver intervenção terapêutica certamente viverão num eterno ciclo de intransigências e retaliações.

Eis o tipo de caso no qual o Poder Judiciário deveria intervir energicamente e, visando o bem-estar desta criança, impor a mediação/terapia familiar na qual o casal deveria buscar, ao menos de forma diplomática, garantir que esta criança pudesse conviver com o pai e a mãe de forma equilibrada e por tempo igualitário, sob pena de que, aquele que não concordasse com a terapia, perdesse seus direitos amparados pelo Poder Familiar, pois, estaria demonstrando que não se preocupa com a filha, e sim em manter a postura litigante.

O caso é só mais um entre tantos parecidos. E, enquanto o Estado Juiz não tomar uma postura mais firme, impondo o que é melhor para a criança (como já acontece nas varas de família dos EUA), crianças terão sua infância condenada, como a pequena Dora.

Nilson Falcão é presidente da ONG Pais Por Justiça e pai do Allan.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

LUTO: Pelas crianças Luca e Gabriel KFuri, este, filho do pai exemplar Bruno Gouveia

(Foto: reprodução internet)

No  triste acidente ocorrido na noite da sexta-feira, 17, dois falecimentos chocam e fazem a tragédia se tornar ainda mais tortuosa para os parentes e amigos, o das crianças Gabriel e Luca. Gabriel era filho do vocalista da banda Biquine Cavadão com a jornalista Fernanda Kfouri, 35 anos, também morta no acidente. Os corpos de mãe e filha foram enterrados ontem no cemitério São João Batista, em Botafogo. Bruno só ficou sabendo da tragédia ontem, quando desembarcou no Rio. 


Bruno está sofrendo muito. É o pior dia de sua história e precisa de privacidade", disse Carlos Coelho, o guitarrista da banda.


Apesar da separação do casal, Bruno e o filho eram muito ligados. O pai chegou a criar um blog na internet _ "Entre mim e você". Nele o vocalista descrevia com emoção o desenvolvimento do menino desde a 12ª semana de gestação. Em sua última mensagem no blog, dia 09, Bruno confessou ter passado por "momentos de pânico" longe do menino e que chorou de saudade ao ter passado dez dias nos Estados Unidos, preparando o novo álbum de sua banda.


“Me preparei. Fiz a minha cabeça e fui. Posso dizer que lidei bem com a ausência dele, apesar de alguns momentos de pura agonia. Estratégia: não pensar. E, assim, segui. Não queria pensar o que estava fazendo, como estava o dia ou qualquer outra informação. No voo de volta, não dormi de ansiedade. Coração apertado e lágrimas sempre que imaginava o meu picoto. O reencontro não poderia ser mais intenso. Lindo. Agora ele não larga de mim nem um segundo. Carência absurda. Acho que de nós dois. Percebi uma significante mudança nesses 10 dias. Muito falante, o rapaz. Como eles desenvolvem rápido. Para (tentar) compensar a ausência, trouxe muitos presentes”, publicou Bruno.

No início da noite de ontem, 125 pessoas acessaram o blog para lamentar a perda de Gabriel e prestar solidariedade ao vocalista.
A Ong PAIS POR JUSTIÇA presta aqui a solidariedade aos pais dos meninos falecidos.

domingo, 19 de junho de 2011

Psicólogas admitem despreparo para atuar em casos de denúncias de suspeita de abuso sexual


No livro CRIANÇAS NO LABIRINTO DAS ACUSAÇÕES , da psicóloga Márcia Amendola (Ed. Juruá, 2009), uma triste e alarmante revelação das psicólogas entrevistadas nos estudos de elaboração do livro: psicólogas revelam não terem o devido preparo técnico para atuar nos casos denunciados; e, o que é mais agravante, relatam que as condições materiais também são precárias.

Na página 147 do livro, o tópico “Qualificação Profissional e Laudos”, traz asseverações dos pesquisadores Flores e Caminha (1994, p.158):

“Há um despreparo generalizado envolvendo desde os profissionais da área de saúde, educadores e juristas até as instituições escolares, hospitalares e jurídicas, em manejar e tratar adequadamente os casos surgidos.”

Na página 148, o preconceito contra o acusado é evidenciado:
“De acordo com as informações prestadas, seriam muitos os pais que não receberiam atendimento das instituições de referências para avaliação de abuso sexual em crianças caso não tivessem solicitado pessoalmente. Contudo, quando atendidos, a postura dos profissionais era de considerá-los culpados de antemão.”

Na página 149, um pai depõe:

“Foi feito um laudo psicológico (em 2 sessões) onde a psicóloga afirmava que eu tinha uma conduta desviante. Nunca falei com esta psicóloga, ela nunca entrou em contato comigo para comunicar que iria fazer alguma avaliação ou acompanhamento psicológico com a minha filha.”
Para realizar tal pesquisa, a psicóloga Marcia Amendola criou um roteiro de entrevista cm 19 perguntas, que foram feitas a cinco psicólogas de cinco instituições diferentes do Rio de Janeiro. Não foi revelado o nome das profissionais.
Na página 156, Marcia Amendola traz a revelação alarmante:

“Quando ingressaram nas instituições de referência para avaliação de casos de suspeita de abuso sexual contra crianças, a maioria dos psicólogos respondeu não possuir capacitação ou treinamento específico para o trabalho.”
No cenário preocupante, o depoimento de uma das psicólogas é emblemático e resume a necessidade de se fazer urgentes reparos na estrutura dessas instituições e de seus profissionais:

“Não tenho estrutura para atender os casos de denúncia de abuso sexual, de modo que encaminho para avaliação (...). Não gosto de fazer parecer, faço muito pouco porque sei que pode até ser considerado sem validade, porque não tenho estrutura.”

Recomenda-se a leitura do livro para um aprofundamento maior nesta séria questão.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Mãe faz apelo na internet para voltar a ver filho alienado

Janette De Avila, uma mãe afastada do filho há quase três anos, expõe em vídeo toda sua dor e angústia por estar afastada do filho pela alienação parental praticada pelo pai da criança.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Porfissão Repórter - Pais disputam a guarda dos filhos.

Assista aos vídeos na íntegra.





quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fórum Permanente de Conscientização Contra Alienação Parental


O Rio de Janeiro terá um Fórum Permanente para debater e conscientizar sobre os malefícios da alienação parental. A iniciativa é da PAIS POR JUSTIÇA e contará com a participação de operadores de direito e profissionais de psicologia e assisitência social. As mesas estão sendo formadas e o primeiro evento está sendo programado para agosto. Acmopanhem informações também pelo nosso blog. Os profissionais interessados em participar devem fazer contato conosco através do nosso e-mail: ongpaisporjustica@gmail.com