quinta-feira, 25 de abril de 2013

25 de abril - Dia Internacional de luta e conscientização contra a Alienação Parental



A ONG Pais por Justiça, está associada ao movimento internacional criado com o Dia Internacional da Consciencialização da Alienação Parental que, em 25 de Abril, pretende alertar a opinião pública para um fenômeno que está presente nas relações entre casais separados quando um dos progenitores pretende alienar o outro junto dos filhos.

Todos gostamos e temos direito a ter pai e mãe nas nossas vidas, independentemente de eles estarem juntos ou separados. A criança e o jovem, precisam de reconhecer-se no pai e na mãe e ser reconhecidos por eles, construindo a partir daí a sua própria identidade. Quando isto não acontece, a criança irá gradualmente buscar uma segurança exterior, para compensar a insegurança interior relacionada com a sua identidade. Os exemplos em que as crianças e os jovens buscam a sua identidade no exterior, por uma fragilidade interna, derivada de ausência de pai ou mãe são, infelizmente, muitos e alguns deles públicos.

É por isso condenável que, sobretudo nas situações de separação, um dos progenitores pretenda afastar os filhos da vida do outro, afastando normalmente aquele com que a criança não convive diariamente. Os filhos são influenciados pelos pais, através do exemplo destes.

Os pretextos para criar afastamento e denegrir a imagem do pai ou da mãe que não convivem com as crianças e / ou jovens, são múltiplos e cada vez mais conhecidos. Podem ser mais primários ou mais perversos. Ambas as situações destroem a identidade das crianças e dos adolescentes, com danos para a sua vida futura onde se salientam:

- dificuldades de relação com a autoridade e a frustação;
- problemas de identidade sexual;
- doenças psicossomáticas;
- baixa auto-confiança;
- dificuldade no estabelecimento de relações interpessoais saudáveis e pautadas pela assertividade;

O dia 25 de Abril é, também neste contexto, e por extensão, como em tantos outros, uma chamada de atenção, mais do que de reflexão, para a justiça brasileira que, quando chamada a arbitrar conflitos entre os progenitores das crianças e dos jovens, adota muitas vezes decisões que favorecem comportamentos de alienação parental, promovendo e sancionando o afastamento de um progenitor em relação ao outro.
O faz por ignorância nuns casos e noutros por negligência consciente. Em ambos os casos, invocando também, perversamente, o superior interesse da criança, quando este é na sua essência, ter pai, mãe e restante família alargada.

Cabe a cada um e a todos em conjunto, termos crianças e adolescentes mentalmente sãos e socialmente integrados. Para isso temos que garantir que todas as crianças e jovens possam ter liberdade de afetos pelo seu pai e mãe, sem constrangimentos destes ou de terceiros.

Lutar contra a alienação parental é um dever de toda a sociedade, pois as crianças torturadas pelo afastamento e prejudicadas pelo afastamento injusto do(a) seu(sua) genitor(a), será o cidadão doente de amanhã.

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